Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

?

Que tolice querer saber do que se passa aqui dentro, nem mesmo eu sei.
É tarde demais pra pedir desculpas agora.
E eu sinto que fotos apagadas não me tiram da memória você.
Estou dentro de um aquário agora e sinto que a qualquer momento vou ser devorado por tubarões, onde ninguém pode me socorrer.
Eu disfarço cada dente mostrado, cada riso, merecia um prêmio agora.
Corre, mata quem me sufoca!
Me mata, prefiro o inferno logo a tentativas inúteis de enforcamento.
A cada passo que dou eu me pergunto: "será que está bem?".

O que me resta se não esperar o dia de amanhã? Que espere pouco, daqui do longe cansa muito.