Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Existe um logo aqui (Espelho)

Aquele que tanto sabe
Aquele que diz ser especialista nos mais diversos assuntos, se engana num específico: ele.
Existem espelhos, existe reflexo, falta perceber isso, meu caro
Que a transformação é ilusória, não pense que mudou, continuas o mesmo de sempre, só que ainda não reparou nisso ou pelo menos tenta se enganar
Existe Espelho!

Oras, contigo é melhor sem horas!

1... 2... 3...
Moça, segura o ponteiro do relógio!
Deixa o tempo passar não.
4...5...6...
Moça, vem pra cá, rápido!
Que essas poucas horas, foram suficientes pra ter certeza que os dias serão eternos.
Vai moça, deixa, o relógio não pára!
7...8...9...10...
Moça, tenha medo de olhar pra mim não, porque a hora é mais rápida que meu piscar de olhos e tenho medo.
11...
Graças! A pilha acabou!
Ficaremos assim, agora... Juntinhos!
Oras bolas, afinal, contigo é melhor sem horas!

domingo, 26 de setembro de 2010

Pen[Sen]sações

Meus pés me arrastam pra um lugar não tão longe, mas um pouco desconhecido.
Meus olhos não enxergam o que a minha boca sente
Meus dedos escrevem o que não deveria ser
Meu coração insiste em sentir a saudade
Meus ouvidos ainda sentem o soprar meigo e doce do presente um pouco passado.
Os meus olhos, meus dentes... Condizem com a realidade, são proporcionais a medida de que as coisas vão acontecendo:
Um lugar lindo, um enxergar enganador, escrituras mal resolvidas, uma saudade tamanha, a ventania acolhedora do soprar dos seus lábios.