Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

domingo, 20 de março de 2011

Um dia

E me leve e me bata.
E me chute e me fala
Que eu sempre fui aquilo que você procurava
Porque eu sei que achei tudo o que me faltava

Me abrace e me proteja
Estou seguro e que assim seja



Um dia não faltará palavras e rimas. Hoje só me falta pessoas.
E tenho certeza (vou tentar ter) que enquanto a lua se forma, enquanto todos se aprontam pra dormir, eu sei que  entre tudo isso, você dorme também, sem saber de minha existência, como também não sei da sua. Um dia te direi versos. Essa mescla de coisas, lá no fundo é bom. Estou acumulando tudo que posso para um dia e só um dia, poder te dar e me doar. "Faço longas cartas pra ninguém", por enquanto você é isso: ninguém. Ainda não tomou forma alguma e nem faço idéia de como seja, mas a porta está ali.
Um dia não faltará nenhum tipo de sussurro baixinho, um dia não faltará gente em casa, terá alguém que esteja me esperando.

2 comentários:

  1. Nossa, faz muito tempo que não vejo um blog que gosto tanto. Amei o texto sobre "religião", e concordo plenamente com vc.
    Fica na paz.
    Bjus

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  2. parabéns Gabriel,fiquei impresionado como seo blog, ta muito bem escrito , vc e um cara especial

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