Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vírgulas

"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca." (Oswaldo Montenegro)


É questão de inconstância mesmo, o tempo reajustará e alinhará as coisas!
E o medo que isso tudo gera, vai cessando e aos poucos as coisas vão ficando mais perceptíveis.
E acabo de descobrir que o acaso existe e tudo, ou certa parte das coisas, é obra da coincidência - apesar de crer um pouco no destino - mas devemos fazer por onde as coisas que nos foram dadas a partir disso, dar certo. 
O medo que sinto é natural e o tempo ficará responsável pela naturalidade das coisas. 
O anseio que sinto é natural, a aflição é um sofrer antecipado. 
O silêncio lateja nos ouvidos, incomoda um pouco, mas amar é aceitar o silêncio alheio. Amar... É isso mesmo? Sei lá, mas ta bom até aqui.
Prometo não te engasgar com perguntas e afirmações, apenas respire, mantenha-se viva, isso é o necessário pra mim!


Não somos pontos, somos vírgulas em meio a tantas palavras.

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