Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conver[Pen]sação

-E você mais uma vez interferindo nos meus pensamentos, mais uma vez agindo sobre mim, sem eu perceber ou fingindo que não. Lá vem você com esse papo de poesia, de conversa boa, as vezes barata.
-E lá vem você mentindo mais uma vez pra mim, como se eu também não tivesse medo de assumir que o que construímos já é necessário pra dizer que te gosto.
-Pois é... Calemos a boca! Tome jeito! Me tome! Eu me dou, me empresto a ti, se preciso for, mas fique aqui enquanto habitar no meu ego, me influenciando e mantendo esse fluxo, essa ponte que interliga você a mim.

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