Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sem Coerência

O foco voltará aos teus olhos, mas sem a luz dos meus para te guiar.
Vamos peneirar as coisas, até que sobrem as que realmente precisamos.
Tens o tempo do mundo pra reerguer teu castelo egocêntrico.
E se explodir, alguém surgirá em busca de juntar os cacos que restaram, sempre tem alguém “dando sopa”.
Transferência disso ou daquilo. É que às vezes não tenho opção de escolhas: “quem não tem cão, caça com gato”.
Idiotice crer que o invisível vive, que o inexistente mora, em seu coração.
Como numa tempestade, ficam os sobreviventes, estou bem, estou ótimo, estou sorrindo e nenhum “sábio” irá imaginar do que se passa aqui dentro. Já disse antes: um sorriso é desproporcional ao rosto, prefiro esconder dentes do que atirar facas.
Sem coerência nenhuma penso, vivo ou amo. É melhor não ter nexo e viver a vida mais alienada. Mas quem me conhece de fato, aprende que minha coerência é fácil de ser traduzida, apenas me ame.

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