Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tolice

Há muito tempo acabou
Corte os pulsos agora
Já ejetei essas águas salgadas dos olhos
Agora é a sua vez de provar o gosto temperado desse sal
Apague as tatuagens deixadas!
Assoprei a vela, a luz acabou.
Mas quem vive no escuro é você agora
Agora gaste o solado contra o relógio
Mesmo que tente voltar um pouco as coisas, não vai adiantar
Agora é a minha vez de ser um pouco amargo.

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